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  • Foto do escritorCabelinho

DONA LÚCIA, TAYLOR, JOHNNY E A MÃE DO PIANGERS

Março acabou de se ir e foi um mês emblemático pra mim. Entrei de cabeça aqui na rádio. Projetos novos, ideias e muita coisa legal mesmo. Mas fora daqui a vida seguiu e fiz 42 aninhos. Um guri. Vá lá, nem tanto.


Mas foi um mês insano com muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Em um dia ensolarado eu fui dar um beijo nos meus pais e encontrei minha mãe saindo de casa. Agora ela ganhou uma companhia de uma bengala. Confesso que em um primeiro momento fiquei em choque. Como assim minha rainha, aquela que alfabetizou metade de Canela, demonstra sinais de fraqueza e precisa sair de bengala. Mas me veio a ideia de que na real isso é sinal de grandeza. Sinal de que ela está lidando muito bem com a idade, com o poder sair na rua e conversar com as pessoas que ela tanto preza e tanto fazem bem pra ela. Minha velha vai longe e eu só posso me orgulhar da dona Lúcia. E fico feliz por poder escrever sobre ela e me emociono ao ler um texto do Piangers horas atrás.


Piangers conta que sua mãe está com câncer terminal e mesmo assim não dá o braço a torcer. Segue naquelas de não precisar dos filhos, que tá tudo bem e que a vida segue. Sim, a vida sempre segue. Mas o abraço que a gente pode dar nos que a gente ama não. Que bom podermos estar perto dos nossos. Não sabemos nunca o amanhã. Mas sabemos quem nos faz pessoas melhores. A minha mãe me faz bem. Quero abraçar ela sempre. De bengala, de cadeira de rodas, do jeito que for!


Escrevo esse texto enquanto vejo um dos últimos shows do Taylor Hawkins do Foo Fighters no Lollapalloza da Argentina. Como é ruim quando alguém que a gente idolatra vai cedo. Eu queria ter abraçado ele, tive a oportunidade de ver dois shows deles. A gente respira música aqui na rádio e parece que alguns nunca realmente se foram. Taylor tenho certeza que será um deles.


Mas e o Johnny do titulo Cabelo? Eu preciso citar o Knoxville. Noite dessas vi Jackass Forever, último filme da turma que a minha geração idolatrou. Se você tem menos de 30 anos. Digamos que ele seria o Casemiro da minha época e a MTV o Youtube. Mas tudo tem um fim e o filme mostra que Johnny, Steve-O e sua turma merecem descansar. Marcaram época, mas já não podem mais fazer as loucuras que os tornaram referência para uma geração no final do anos 90 e início dos anos 2000.

Já diria Dave Grohl: “There goes my hero, watch him as he goes. There goes my hero He's ordinary”.




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