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  • Foto do escritorCabelinho

NOSSA NATURAL SELVA DE PEDRA

“E hoje eu acordei, querendo ver o mar, mas eu moro bem no meio de uma selva de pedra.” Os versos de Armandinho na Canção Reggae das Tramanda contam a história de um surfista preso em Porto Alegre rodeado por prédios, que pensa em surfar no Guaíba, mas sonha mesmo em chegar logo no Pier de Tramandaí.


Essa semana andando de carro pela minha Canela querida me ecoaram os versos do Antonio Armando. Nossa Canela está sim virando uma selva de pedra. É natural, aconteceu isso com Gramado e está acontecendo conosco.


O querido e inesquecível Positive: prédio. O trio Pasteleiro, malhas Irma e Contabilidade do Elói: prédio. Campo do lado da casa do Dudu Port: prédio há anos. Casa que a gente achava que era assombrada na rua da Igreja: prédio (que acho que deve ter assombração)!

É a vida desenvolvida nos entregando a realidade. Não sejamos insensíveis ao passado, sejamos gratos, mas sejamos também compreensivos com o progresso e o momento que nossa cidade vive.


Não o Cabelo não defende desmatamento, não defende o surgimento de torres de cimento estratosféricas, mas entende que isso é consequência da nossa qualidade de vida, da nossa capacidade de receber cada vez melhor moradores por aqui.


Precisamos melhorar mobilidade urbana, precisamos sim ter estrutura para comportar moradores, fluxo turístico e também preservar nosso vasto meio ambiente. Precisamos de mais escolas, mais mão de obra qualificada (quem sabe um ensino médio profissionalizante em serviços?). Mas precisamos saber cada vez mais existirão moradores do número 543 apartamento 209 em nossa cidade. Que o saudosismo saiba conviver com as novidades. Isso é o que importa!





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